segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A Moral do Capitalismo


O que movimenta o capitalismo é o desejo insaciável pelo lucro, é antigo o provérbio que popular que diz que a casa do ter nunca estar cheia, quem tem, sempre quer ter mais, um rico jamais dirá que está satisfeito com os bens que possui, o coração do verdadeiro capitalista está nas suas riquezas, este trabalha arduamente para aumentá-las sempre, pois é dela que provém todo o seu respeito.
Se engana quem diz que o dinheiro não compra tudo, na verdade compra, até mesmo a felicidade, houve um período na história que isso era mais verdadeiro, as famílias mais ricas dominavam tudo, fosse pela guerra, fosse diretamente pelo suborno, em tempos de guerra as famílias mais abastadas davam todo apoio financeiro, e ao se saírem vencedoras, tinham de volta o capital investido e tinham o direito de “ditar” as regras para os perdedores, aumentavam impostos, exigiam pagamento pelos danos da guerra,etc.
Acontece que o mundo segue o seu curso, os tempos mudam rapidamente e os costumes de uma determinada época desaparecem para dar lugar a outros costumes que marcarão o inicio de um novo tempo, assim o tempo das guerras passou, fazer guerra não é mais conveniente para ninguém, pois agora matar não é coisa para “ser humano” isso é um instinto animal que deve ser “controlado racionalmente”.
Acontece que as elites querem continuar sendo elites, o capitalista não quer apenas dinheiro, ele quer também poder, quem não? Os grupos dominadores sempre estiveram certos de uma coisa: o dinheiro sempre lhes garantirá todo o poder, com o dinheiro as elites podem subornar a justiça, e desta forma ficar imune as leis, podem subornar políticos, e desta forma ter a certeza de que estes vão administrar os recursos públicos de acordo com os seus interesses. A moral do capitalismo é ter dinheiro, porque é o dinheiro que “movimenta todas as coisas”.
Então, ter ou não ter, eis a questão! Podemos dizer diante do exposto que ter recursos financeiros, ter fortunas em trilhões, significa possuir status e usufruir de poder, certo? Não exatamente, de acordo com o pensamento de J.K Gilbrath, escritor e professor de Harvard, este grande mestre diz que um homem de posses para ter status hoje, para aparecer ele deve se aproximar de pessoas famosas, como cantores, atores, políticos, o professor Gilbrath afirma também que as elites passaram a valorizar o conhecimento, coisa que antes não era necessário, bastava ter dinheiro e o seu status já estava garantido, contudo, hoje o que passar a vigorar é a conhecidíssima máxima de Shakespeare: “ to be or not to be, it is the question! ( ser ou não ser, eis a questão ).
Hoje o ter e o ser andam de mãos dadas, é preciso ter dinheiro para ser o mais bonito, o mais moderno, o mais inteligente, o mais cheio de cultura, o que tem mais títulos, quem não tem dinheiro é considerado “excluído” já tem inclusive um nome mais bonito: “Exclusão Social”, tratarei deste tema em um outro artigo, por hora, só precisamos saber que é excluído socialmente todo aquele que não tem acesso, de forma geral, ao conhecimento e a “cultura”, e estes são justamente os que não são afortunados.
Alguém diz: Eu sou mais o ‘ser’ do que o ‘ter’, querendo dizer que valoriza as pessoas amigas, simpáticas, atenciosas e inteligentes, gostaria de ter a certeza se esse ‘alguém’ também valoriza o ser pobre, mendigo, antipático, pessoas quem tem problemas de aprendizagem, etc. Quero dizer que o ‘ser’ esta ligado ao ‘ter’, eu prefiro dizer que valorizo a pessoa humana, não importando quem ela seja ou o que ela tenha.
É próprio do capitalismo sempre se basear na desgraça dos outros para mensurar prosperidade.
A moral do capitalismo é a mesma desde que tivemos o entendimento do que é capitalismo, a moral do capitalismo foi, é e sempre será ostentar PODER.

Um comentário:

Unknown disse...
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